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sábado, 2 de outubro de 2010

Victor & Leo: 'Rotular a música sertaneja é um grande desrespeito'



Uma das principais duplas dessa nova geração de sertanejos a estourar, Victor & Leo já desfrutam de um status que vai além daquele que vem sendo alcançado pelos seus companheiros de estrada. Essa semana, eles emplacaram mais uma música em trilhas sonoras de novelas da Globo. Desta vez, “Rios de amor” (CLIQUE AQUI E ESCUTE A FAIXA http://extra.globo.com/lazer/audio/2010/20278/) em “Araguaia”. A canção estará no novo e 8 CD dos irmãos, “Água de oceano”, que será lançado em breve.


O que vocês podem adiantar do novo álbum?
Victor — Ainda não tem muita coisa definida. Mas a gente não para nunca. Acaba uma gravação, e no dia seguinte já estamos pensando em novos projetos. É um negócio compulsivo! Amanhã, nossos fãs poderão conhecer outra música do novo disco: “Boa sorte pra você”, que estreia nas rádios de todo Brasil.

Vocês se consideram uma dupla de sertanejo universitário?
Leo — Definitivamente, não. Este é um rótulo que a gente desconsidera. A música sertaneja nunca foi tão forte como é hoje aqui no Rio de Janeiro. Aquele preconceito de negócio caipira, já era. Viram que é uma coisa verdadeira, que tem raiz, uma coisa verdadeira, brasileira, do interior. Isso não merece rótulo. Rotular a música sertaneja é um grande desrespeito. Daqui a pouco vão lançar a “Bossa nova universitária”? o “Samba universitário”? Não tem lógica. E mais: o nome sugere uma coisa muito mesquinha, é muita mesmice, é um estilo muito imitado. O pessoal que tem um pouco mais de bom senso enxerga isso. Uns imitam os outros, não querem inovar nada, não têm originalidade nem personalidade musical. A gente não aprova. E não se coloca nesse meio.

A quê vocês atribuem todo esse sucesso da dupla, que conta com tantas marcas, como indicações ao Grammy Latino e vários prêmios?
Victor — Ao público. Nossa vida é fazer o que a gente ama, e muito. A nossa carreira não teve aquela parte sofrida dos botecos para depois sermos livres e famosos. (risos) Nada disso. Sempre fomos felizes! Aliás, uma das fases mais felizes da nossa vida foi no começo, quando chegamos em São Paulo um dia, sem dinheiro nem para comprar um violão. Depois, a gente já tinha o nosso carro, compramos um apartamento simples, mas já vivendo da nossa música, só tocando em barzinhos. Esse é o maior sucesso que você pode adquirir e alcançar na sua vida. Não vai adiantar ser riquíssimo, morrendo de vontade de cantar na noite. Vai ser rico e infeliz.

 Hoje acontece o primeiro turno das eleições. Vocês receberam proposta para fazer showmícios?
Leo — Já. Mas não entramos em política em hipótese alguma. Somos imparciais. A gente faz música, arte... Temos o nosso lado cidadão, votamos, mas não ligamos isso ao nosso trabalho.

 Vocês compõem músicas para outros artistas?
Victor — Nunca mandei música para artista. Mas Daniel, Roberta Miranda, Leonardo e Bruno & Marrone gravaram coisas minhas... Se pedem uma música e, de repente, tenho alguma ali, cedo.

Fonte:http://extra.globo.com/

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